sábado, 27 de julho de 2013

CARTA AO SANTO PADRE, PAPA FRANCISCO - Pelo Prof. Mozart Noronha





Mozart Noronha  (*)







Estimado Santo Padre,

Peço a meu Deus que o proteja,

Como líder dessa Igreja, 

Onde também São Francisco,

Apascentou seu aprisco

De inocentes animais.



Porém,Vossa Santidade

Que dessa igreja é o Pastor,

Escute o nosso clamor

E como bom mensageiro

Desse povo brasileiro

Entregue a Deus nossos ais.



Falo a Vossa Santidade,

Com a voz de um luterano,

Que trabalha ano a ano

Pela luta da igualdade.

Mas só vê a atrocidade

Machucando os nossos brios.



Aqui e em todo o Brasil,

Educação é negócio,

Professor é sacerdócio,

Trabalha quase de graça

Para que enfim se faça

Na vida um pouco de luz.



O Rio é maravilhoso

De belezas naturais;

O povo não fica atrás

Por que orgulha e envaidece

E por isso não merece

Os homens que nos governam.



São homens que só procuram

Encher o bolso de grana

E dando ao povo banana

Da forma mais descarada;

Deixando desamparada

A população sofrida. 



A escola é deficitária,

Os hospitais decadentes

E as populações carentes

Sofrendo nos corredores;

Enquanto aqueles senhores

Se locupletam em riqueza.





Aqui reina a insegurança

Nas ruas por onde eu passo

E as drogas no seu compasso

Reinando dentro do morro

Onde o povo quer socorro

Pra poder viver em paz.



Meu Deus
! Me Deus! Que miséria!


Que pobreza de atitude

Dessa política que ilude

E não resolve os problemas.

E o povo nesses dilemas

Sem encontrar solução.



Foge das balas perdidas

Da polícia ou dos bandidos

E quando ficam feridos

Morrem em filas de hospitais;

Será que são os sinais

Dos tempos, que falou Cristo?



Não há beleza que dure

Pra quem mora na favela

Que ao olhar pela janela

Logo a barriga se agita

Por que falta na marmita

A diária refeição.



Do outro lado do asfalto,

Na avenida iluminada

Muita gente enfastiada

De só comer caviar;

E depois vai bajular

Seu governante dileto.



Um governo indiferente,

Que paga os grandes eventos,

Mas deixa ao sabor dos ventos

Os habitantes de rua

Onde não há quem construa

Uma existência exitosa.



Não queremos pedir muito;

Só saúde e educação

Segurança ao cidadão

Por que é o nosso direito;

Por que, assim desse jeito

Que está, é desilusão.



Santo Padre, peça a bênção

Para o Rio de Janeiro,

Para o povo brasileiro

De qualquer religião

Conduzir esta nação

Para um futuro melhor.



E que Deus com sua graça

Oriente os nossos passos

Fortaleça os nossos laços

De fé, alegria e paz.

Com a esperança que traz

Fortaleza ao coração.



Obrigado, Santo Padre,

Por ouvir nosso clamor

Que é a voz do sofredor

Que não perdeu a esperança.

Quem espera sempre alcança

É assim que reza o refrão.


(*) Licenciado em Filosofia pela UMC - São Paulo, Bacharel em Direito pela PUC - Rio de Janeiro, Bacharel em Teologia pela PUC - Paraná, Mestrado pela PUC - Rio de Janeiro, Professor Universitário e militante em defesa dos direitos humanos e por uma sociedade justa e fraterna.



FONTE. Página do Professor Mozart Noronha, no Facebook. Clique neste link para conferir: https://www.facebook.com/MozartJNMelo?fref=ts

quarta-feira, 17 de julho de 2013

O velho ato de repúdio - Por Yoani Sánchez

 


“Yoni Sánchez:”...”A conta do Youtube associada a este vídeo foi encerrada devido a várias notificações de terceiros sobre a violação de direitos autorais.

 

 

Talvez vocês não saibam – porque não se conta tudo num blog – porém o primeiro ato de repúdio que vi na minha vida foi quando só tinha cinco anos. A agitação no casarão chamou a atenção das duas meninas que éramos minha irmã e eu. Assomamos a grade do corredor estreito para olhar para o piso de baixo. As pessoas gritavam e levantavam o punho em volta da porta de uma vizinha. Com tão pouca idade não tinha a menor idéia do que se passava. Mais ainda, quando agora relembro o acontecimento apenas tenho a recordação do frio do corrimão nos meus dedos e um curto instante dos que vociferavam. Anos depois pude ordenar aquele caleidoscópio de evocações infantis e soube que havia sido testemunha da violência desatada contra quem queria emigrar pelo porto de Mariel.

Pois bem, desde aquilo tenho vivido então vários atos de repúdio de perto. Seja como vítima, observadora, ou jornalista… Nunca – vale à pena esclarecer – como participante. Recordo um especialmente violento que experimentei junto as Damas de Branco, onde as hordas da intolerância nos cuspiram, empurraram e até puxaram os cabelos. Porém o de ontem a noite foi inédito para mim. O piquete de extremistas que impediu a projeção do filme de Dado Galvão em Feira de Santana era algo mais do que uma soma de adeptos incondicionais do governo cubano. Todos tinham, por exemplo, o mesmo documento – impresso a cores – com uma fieira de mentiras sobre minha pessoa, tão maniqueístas como fáceis de rebater numa simples conversação. Repetiam um roteiro idêntico e guiado, sem ter a menor intenção de escutar a réplica que eu poderia lhes dar. Gritavam, interrompiam, num momento tornaram-se violentos e de vez em quando exibiam um coro de palavras de ordem dessas que já não são ditas em Cuba.

Contudo, com a ajuda do Senador Eduardo Suplicy e a calma ante as adversidades que me caracteriza, conseguimos começar a falar. Resumo: só sabiam berrar e repetir as mesmas frases, como autômatos programados. Assim a reunião foi muito interessante. Eles tinham as veias do pescoço inchadas, eu esboçava um sorriso. Eles me faziam ataques pessoais, eu conduzia a discussão ao nível de Cuba que sempre será mais importante que esta humilde servidora. Eles queriam me linchar, eu conversar. Eles obedeciam a ordens, eu sou uma alma livre. No fim da noite sentia-me como depois de uma batalha contra os demônios do mesmo extremismo que atiçou os atos de repúdio daquele ano oitenta em Cuba. A diferença é que desta vez eu conhecia o mecanismo que fomenta estas atitudes, eu podia ver o longo braço que os move desde a Praça da Revolução em Havana.

Tradução e administração do blog em língua portuguesa por Humberto Sisley de Souza Neto

segunda-feira, 15 de julho de 2013

...O PODER DO CRIMINOSO...




SAIBA O QUE A MINISTRA ROSA WEBER, DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, DISSE E FOI PUBLICADO NA REVISTA VEJA, EDIÇÃO 2290, Nº 41, de 10/10/2102:

"Nos delitos de poder, quanto maior o poder do criminoso, maior a facilidade de esconder o ilícito. Disso decorre a maior elasticidade na admissão da prova da acusação"

JÁ O MINISTRO LUIZ FUX, COMENTOU:

"A cada desvio de dinheiro público, mais uma criança passa fome, mais uma localidade fica sem saneamento, sem mais um hospital, sem leitos"


POIS BEM, MAS O SENADO E A CÂMARA DE DEPUTADOS FEDERAIS, ACOITAM ESSES CRIMINOSOS. ENTÃO DISSO SE PODE DEDUZIR O QUÊ?