quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Alexandre Garcia diz que o eleitor é culpado pela atual falta de segurança no Brasil

Por Luiz Carlos Nogueira

nogueirablog@gmail.com

Quem assistiu hoje o Bom Dia Brasil (edição de 06/10/2010 - 07h39), faz coro às palavras de Alexandre Garcia, de que a Segurança pública é um assunto que precisa ser muito debatido neste segundo turno das eleições, quando nós eleitores teremos a oportunidade de batermos no peito e dizermos: “nostra culpa”, porque fomos permitindo displicentemente que virássemos um País fora da lei porque acreditamos nas mentiras das autoridades, que tentam justificar o crescimento da criminalidade dizendo que no mundo todo está assim.

E lamentavelmente ouve-se nas ruas as pessoas dizendo que estão pensando em ir morar no Chile ou em outros países da América Latina, porque neles há segurança.

Disse ainda o jornalista que: “somos um país incomparável: 50 mil homicídios por ano. Isso dá 137 assassinatos por dia. É um avião grande caindo todos os dias e nós não nos escandalizamos com isso”.

Segundo ele, no Iraque e no Paquistão, hoje, morrem menos pessoas de morte violenta que aqui Brasil. E nós brasileiros ajudamos a enfraquecer as leis aplaudindo a esperteza e julgando que lei é para trouxa. E as nossas atitudes são pouco civilizadas na desorganizada vida urbana brasileira.

No Rio de Janeiro, a convivência permissiva vem de longe, com a contravenção do jogo do bicho. Espalham-se os assaltos coletivos, os arrastões, e toda a sorte de criminalidade. Disse ainda o jornalista, que “em São Paulo tem crime que chegou a fazer ataques de guerrilha urbana. A capital do país imita Rio e São Paulo. Nem a organiza Curitiba escapa. Nem mesmo as cidades outrora pacatas do interior do Brasil”.

Finalizado disse que: “Nós elegemos os que fizeram leis boas com o crime, que beneficiam os engravatados do crime, que dão exemplo para os menores. Os fora-da-lei têm mais direito que as vítimas. Os juízes são amarrados pela lei. Os presídios não recuperam. Enfim, nós deixamos. Algemamos nossa cidadania. Se não encontrarmos as chaves para abrir a nossa vontade de segurança, vamos condenar ao medo de reféns nossos filhos e netos.”

Eu por minha vez fico estarrecido com essa cambada de políticos vagabundos (salvam-se muito poucos que nada podem fazer, com se fossem alguns cordeiros, em meio de uma alcatéia), que não tratam do mister para os quais foram eleitos. Claro, além de vagabundos, pusilânimes, a maioria é constituída de bandidos mensaleiros, que guardam dinheiros de propinas nas cuecas, nas meias. O pior é que ninguém é condenado a cumprir penas e devolver o produto do assalto levado a efeito por suas canetadas e safadezas.

A maioria dos eleitores por sua vez, vive na inconsciência do seu dever cívico e patriótico, entorpecida pelas vulgaridades da vida, e o pior, não distinguindo o que é democracia e o que é esculhambação, libertinagem, permissividade e a falta de limites éticos e morais. Sobre isso Rubem Alves tem razão quando disse com muita propriedade: a democracia é o governo do povo. Não sei se foi bom negócio; o fato é que a vontade do povo, além de não ser confiável, é de uma imensa mediocridade. Basta ver os programas de TV que o povo prefere.”

“Os políticos romanos sabiam que o povo se enrola com pão e circo.
O povo preferia os falsos profetas aos verdadeiros, porque os falsos profetas lhe contavam mentiras. As mentiras são doces; a verdade é amarga.”

Para muita gente pensar dói. Instruir-se nem no sonho. Portanto não posso discordar de um e.mail que recebi dizendo que não são os que se instruem que elegem os políticos para nos representar, mas sim aqueles que usam os jornais, revistas e livros, destacando suas folhas para se limparem nas privadas.

Já está na hora dos meios de comunicação contribuírem para a devida informação e educação do povo, parando de divulgar as baixarias imbecilizadoras. É preciso que se imbuam de que podem e devem abraçar essa missão para o bem geral da nação.



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