sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Os inimputáveis

7 de outubro de 2011

Por João Bosco Leal

Independentemente dos reais motivos pelos quais isso vem ocorrendo, o fato concreto é que, graças à imprensa, nos últimos dez anos, a população brasileira vem tomando conhecimento, com muito mais detalhes, do que ocorre nos bastidores da política brasileira.


No governo passado, colocamos em risco o relacionamento com nossos tradicionais parceiros para buscar transações com países que não possuem riquezas, ou mesmo população, de tamanho suficiente para despertar qualquer interesse comercial, que justificasse tal atitude.


A aproximação brasileira de parceiros ideológicos de Lula como Evo Morales, Hugo Chávez, Ahmadinejad e os irmãos Castro, fez com que o país perdesse sua credibilidade de tal forma que, mesmo construindo embaixadas em países como Tuvalu, Lula não conseguiu o seu sonhado assento no Conselho de Segurança da ONU.


Apesar de tantas trapalhadas, que muito prejudicaram o Brasil, atualmente o ex-presidente Lula viaja o mundo, em aviões particulares, dando palestras não se sabe sobre o quê e recebendo prêmios.


Em seu governo a corrupção assumiu proporções jamais vistas e continuou até os dias atuais, tanto que, recentemente, o presidente do Senado foi vaiado por milhares de pessoas, durante um show musical, quando souberam que o Supremo Tribunal Federal, mesmo com todas as provas apresentadas pela Polícia Federal, anulou todo o processo que envolvia seu filho.


A indicação de vários apadrinhados para os mais diversos cargos em todos os Três Poderes Constituídos transformaram Sarney, Lula e outros membros do governo, em pessoas praticamente inatingíveis por denúncias, por mais que se tenham indícios de sua veracidade, como as que têm ocorrido


Foram tantas indicações, que atualmente o poder de Sarney é maior do que quando foi Presidente da República, a ponto de, diante de denúncias contra ele, Lula haver declarado que “Sarney não podia ser tratado como ‘qualquer um’, pois tinha uma história”.


Outros dos chamados ‘coronéis nordestinos’, já cassados, ou que renunciaram para não o serem, foram reeleitos ou conduzidos por seus pares a cargos de enorme importância no Congresso e em outros Poderes.


O ex-guerrilheiro José Genoíno, envolvido no chamado ‘mensalão do PT’ e reeleito somente por sobras de votos dados ao palhaço Tiririca, se tornou auxiliar direto do Ministro da Defesa e João Paulo Cunha, que quando Presidente da Câmara dos Deputados foi acusado de participar do mesmo ‘mensalão’, hoje participa exatamente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara.


Nenhum dos acusados de enriquecimento ilícito, responsáveis por superfaturamentos em obras públicas, ou outros crimes de corrupção praticados por ministros, como mostrados ultimamente, foram presos ou devolveram aos cofres públicos os recursos desviados.


Pelo que se vê atualmente, ao perder o cargo o acusado já se livra de todas as acusações e nem sequer é julgado, ou os processos se arrastam por tanto tempo que seus crimes prescrevem. A sociedade brasileira acaba sem saber o que ocorre com casos como o de Erenice Guerra, José Dirceu, Antonio Palocci e tantos outros.


Nem mesmo o Supremo Tribunal Federal, a maior corte do país, escapou de um enorme constrangimento e tensão interna, com as declarações da ministra Eliana Calmon, responsável pela apuração de desvios no Poder Judiciário, de que há “bandidos de toga”.


Se absorvidas como corretas as atitudes da grande maioria de nossos atuais políticos e membros da justiça brasileira, nossos filhos serão como eles e na sua geração, ser honesto será exceção.


Matéria publicada a pedido do autor por e.mail – Veja-a no seu site, clicando aqui.

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