quarta-feira, 24 de agosto de 2011

E OS POLÍTICOS CONTINUAM FAZENDO MELÉCA

Ministros divulgam notas sobre reportagem de ÉPOCA



Os ministros da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e das Comunicações, Paulo Bernardo, divulgaram na segunda-feira notas à imprensa sobre a reportagem Por que Paulo Bernardo não responde?, publicada na última edição de ÉPOCA.


Confira aqui a nota de Gleisi e aqui a de Paulo Bernardo.


José Antonio Lima

Mais um ministro está na alça de mira do Planalto após sofrer denúncias de corrupção. É Mario Negromonte (PP), das Cidades. Segundo reportagem do Globo, a acusação de que ele teria oferecido um “salário” de R$ 30 mil para parlamentares do PP se manterem ao seu lado na briga interna do partido irrita o Planalto, mas o motivo principal é o envolvimento de Negromonte nesta disputa (que pode ter originado a denúncia). O governo teme que o racha no PP afete ainda mais a já instável base aliada.


Diante da briga de facções na bancada do PP na Câmara, emissários da presidente Dilma Rousseff mandaram um recado ao ministro das Cidades, Mário Negromonte: se ele insistir em se meter na disputa da bancada, poderá perder o cargo. E, se comprovada a denúncia de que ofereceu uma mesada de R$ 30 mil para deputados do PP , estará fora do governo. O tom do recado, de acordo com o núcleo palaciano, foi de ultimato.


José Antonio Lima

Sarney diz que uso de helicóptero “não prejudicou ninguém”



O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), deu mais uma prova de que se considera uma figura além do bem e do mal. Sarney passou o dia todo se recusando a responder perguntas sobre as denúncias feitas pela Folha de S.Paulo segundo a qual ele usou pelo menos duas vezes um helicóptero da Polícia Militar do Maranhão para se deslocar no Estado. Quando falou, no fim do dia, Sarney, além de confirmar o uso da aeronave, disse que não havia “prejudicado ninguém”, mesmo confrontado com a notícia de que um pedreiro ferido em um acidente teria ficado esperando enquanto as malas de Sarney eram descarregadas do helicóptero. O Globo, via Blog do Noblat, conta:


“O que tinha que dizer, já disse. Estou como chefe do Poder Legislativo, tenho direito a transporte e segurança em todo o país, de representação e não somente a serviço. É chefe de Poder, porque o presidente não é chefe de um Poder? Onde ele vai ele não tem direito a transporte e segurança? Não prejudicou ninguém” disse Sarney, afirmando que a imprensa deveria estar “satisfeita” com a explicação.


É difícil descrever a atuação de uma figura como José Sarney em termos brandos. Prepotente diante do papel de fiador da governabilidade que adquiriu no governo Lula e que manteve com Dilma, Sarney é uma espécie de intocável da política brasileira. O senador Pedro Simon (PMDB-RS), precisou da ironia para descrever Sarney, como conta o Estadão.


“O Sarney é uma figura institucional, ele é que nem o Papa, se usou, usou bem. Não sei nem de quem foi, nem por que foi, usou e pronto. Não precisa explicar nada pra ninguém”, criticou o gaúcho.


Foto: Luiz Alves / Agência Senado


José Antonio Lima


Fonte: Revista Época Online – Coluna o Filtro – Clique aqui para conferir


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