segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Políticos - São teimosos porque não aprendem, ou não aprendem porque são teimosos?

PSDB vai convocar Paulo Bernardo a dar explicações sobre uso de avião de empreiteira

seg , 22/8/2011

Redação Época

Brasil Tags: 210811, avião, empreiteira, ÉPOCA, Folha de S. Paulo, ministro das comunicações, Paulo Bernardo

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, pode ser chamado a dar explicações da denúncia de que viajou recentemente em um avião de uma empreiteira, segundo noticia o jornal Folha de S. Paulo.

A bancada do PSDB no Senado vai pedir nesta semana a convocação do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, para que ele explique sua relação com a construtora Sanches Tripoloni.

A revista ÉPOCA desta semana trouxe a denúncia contra o ministro. A reportagem perguntou a 30 ministros da presidente Dilma se eles já viajaram em algum jato particular desde que assumiram seus cargos. Apenas Paulo Bernardo não respondeu à pergunta. O ministro teria viajado no King Air, matrícula PR-AJT, que pertence ao empresário Paulo Francisco Tripoloni, dono da construtora Sanches Tripoloni.

Como ministro do Planejamento, Paulo Bernardo mostrou um empenho especial na construção do Contorno Norte de Maringá, no Paraná – uma obra tocada pela empreiteira Sanches Tripoloni, que já custa o dobro de seu preço original. Inicialmente, Bernardo ajudou a liberar verbas para a obra, destinadas por meio de emendas parlamentares ao Orçamento da União. Depois, Bernardo conseguiu incluir a construção do contorno no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o que livrava o empreendimento da dependência de emendas parlamentares, sempre sujeitas a contingenciamentos e cortes orçamentários. Em junho de 2010, Paulo Bernardo convenceu o então presidente Lula a assinar um decreto incluindo o anel rodoviário de Maringá num regime especial no PAC. No mundo das acirradas disputas por verbas em Brasília, o regime especial equivale a um passe de mágica: assegura transferências obrigatórias de dinheiro público para o empreendimento.

De acordo com o Tribunal de Contas da União (TCU), há problemas graves na obra em Maringá, como superfaturamento de preços pela construtora Sanches Tripoloni.

Ao não responder a pergunta, o ministro mantém no ar a dúvida de que possa ter beneficiado a construtora Sanches Tripoloni no seu mandato como ministro. Segundo o Código de Conduta da Alta Administração Federal, nenhuma autoridade pode receber transporte ou favores de fonte privada.

Bruno Calixto

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“Quero conhecer Lula e agradecer pela liberdade”, diz Battisti

seg , 22/8/2011

Redação Época

Brasil Tags: 210811, Cesare Battisti, G1, Lula

O ativista italiano Cesare Battisti, pivô de uma enorme polêmica entre os governos do Brasil e da Itália, concedeu sua primeira entrevista após ser libertado em junho, por ordem do Supremo Tribunal Federal. Ao G1, Battisti se negou a falar sobre seu passado político e mesmo sobre o processo judicial que culminou em sua libertação. O ex-ativista abriu uma exceção quando foi questionado sobre o ex-presidente Lula, cuja decisão de libertá-lo foi fundamental para evitar a extradição para a Itália.

decisão do STF em negar o pedido de extradição de Battisti para a Itália foi tomada após a determinação do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que se posicionou pela permanência do ex-ativista no Brasil. “Não conheço e nunca tive uma relação com o Lula e nem com ministros brasileiros. Ele era um presidente da República, não tomaria uma decisão dessa por amizade. Ele tomou conhecimento do processo, do que realmente aconteceu comigo. Se tiver uma oportunidade e não atrapalhar a agenda dele, gostaria de conhecê-lo pessoalmente e agradecê-lo pela minha liberdade”, disse Battisti.

José Antonio Lima

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Como o Brasil planeja suas obras públicas

seg , 22/8/2011

Redação Época

Brasil Tags: 210811, O Estado de S.Paulo

Uma reportagem do Estadão publicada nesta segunda-feira (22) mostra o baixo nível do planejamento existente no Brasil, representado pelo (incrivelmente) alto número de aditivos publicados para remendar as obras licitadas pelo governo.

Levantamento feito pelo Estado em 2,2 mil contratos mostra que, entre 2008 e 2010, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) publicou quase 3 mil aditivos para modificar condições de serviços e obras contratadas. Na média, todos os contratos passaram por algum tipo de mudança durante a vigência (1,4 alteração). Em 2008, foi 1,81 mudança; em 2009, 1,48; e em 2010, 0,67. A redução do número de aditivos nos dois últimos anos deve-se ao fato de a maioria das obras e serviços ainda estar em execução. Até o fim do contrato, a média tende a alcançar (e ultrapassar) nível semelhante ao de 2008, que tem boa parte dos contratos encerrados.

Cada aditivo é uma alteração no contrato firmado entre o governo e a empresa vencedora da licitação. Ao entrar em vigor, o aditivo atrasa a obra e torna a construção mais cara, abrindo buracos para a corrupção. Em suma, se o governo conseguisse planejar uma obra de forma descente, já estaria agindo contra a corrupção.

José Antonio Lima

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Novais pode deixar o Ministério do Turismo

seg , 22/8/2011

Redação Época

Brasil Tags: 210811, Dilma Rousseff, Folha de S. Paulo, Henrique Eduardo Alves, Ministério do Turismo, Pedro Novais, PMDB

Alvo de uma série de denúncias e primeiro nome na lista da primeira reforma ministerial a ser feita pela presidente Dilma Rousseff, o ministro do Turismo, Pedro Novais, pode se adiantar e pedir demissão da pasta. Segundo reportagem da Folha, aliados de Novais aconselharam o ministro a abandonar o governo diante da situação em que se encontra – sem autoridade e sem apoio de Dilma, que ainda nem recebeu o ministro, como costuma fazer com alguns de seus outros colegas.

“Para ter um ministério sem força e fraco é melhor que entregue o cargo”, afirmou o deputado Genecias Noronha (PMDB-CE). A Folha apurou que entre os caciques do partido na Câmara a avaliação é de que o ministro só não entregou a carta de exoneração ainda a pedido do líder do partido, Henrique Alves (RN), um dos fiadores da indicação de Novais para o ministério.

Na terça-feira, Novais deve ganhar mais motivos para pedir demissão. Ele vai prestar depoimento na Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado, onde terá que responder, entre outras coisas, por que uma de suas emendas parlamentares (Novais é deputado federal pelo Maranhão) destinou R$ 1 milhão para uma empreiteira-fantasma em seu Estado.

José Antonio Lima

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Sarney faz viagem particular usando helicóptero da polícia do Maranhão

seg , 22/8/2011

Redação Época

Brasil Tags: 210811, Folha de S. Paulo, helicóptero, José Sarney, Maranhão

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), fez pelo menos duas viagens para passear em sua ilha particular usando um helicóptero da Polícia Militar do Maranhão em 2011. A aeronave foi comprada para combater o crime e socorrer emergências médicas, e custou R$ 16,5 milhões, pagos com recursos do governo estadual e do Ministério da Justiça.

Segundo a denúncia, publicada nesta segunda-feira pelo jornal Folha de S. Paulo, em uma das viagens até a ilha de Cururu, o senador estava acompanhado de um empresário que tem contratos com o governo do Maranhão. A Folha obteve imagens de um cinegrafista amador mostrando o desembarque de Sarney em dois domingos, 26 de junho e 10 de julho.

No fim do passeio, o desembarque das bagagens de Sarney atrasou o atendimento de um homem com traumatismo craniano e clavícula quebrada que fora socorrido pela PM e chegara em outro helicóptero antes de Sarney.

Segundo a reportagem, a assessoria de Sarney afirmou que o uso pessoal do helicóptero da Polícia Militar do Maranhão se justifica, porque ele tem “direito a transporte de representação e segurança em todo o território nacional, seja no âmbito federal ou estadual, sem restrição às viagens de serviço”.

Bruno Calixto

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Fonte: Revista Época Online – Coluna O Filtro – Clique aqui para acessar as matérias

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