18 de janeiro de 2013
João Bosco Leal (*)
Alguns
princípios como moral, ética, caráter e honestidade são fundamentais
para a convivência social, e todos, de qualquer nível social ou
educacional, mesmo os que jamais foram a uma escola ou que cresceram
órfãos possuem conhecimento da maioria destes.
Sabem que não podem ser imorais, sem
ética, roubar ou cometer qualquer tipo de crime, mas em nosso país isso
não ocorre, pois mesmo buscando mais informações e pesquisando sobre o
significado de cada uma dessas palavras, nada encontrei além do que
todos sabem, ou deveriam saber.
A moral é conjunto de normas do que é
certo ou errado, proibido e permitido nas atitudes humanas dentro de uma
determinada sociedade, uma cultura, e possui caráter normativo,
determinando a obediência a costumes e hábitos recebidos. O conjunto de
qualidades e defeitos da pessoa determinam sua conduta e moral. Seus
valores e firmeza morais definem a coerência de suas ações.
A ética, construída por uma sociedade
com base nos valores históricos e culturais, é um conjunto de princípios
morais que norteiam a conduta humana na sociedade. Embora não seja uma
lei, a ética está relacionada com o sentimento de justiça social e,
buscando fundamentar as ações morais exclusivamente pela razão, serve
para que haja um equilíbrio entre pessoas, grupos e classes sociais.
O caráter, qualidade inerente a uma
pessoa desde seu nascimento e reflete seu modo de ser. É o conjunto de
características e traços particulares que caracterizam um indivíduo, e
não sofre influência do meio. Uma pessoa “de caráter” é aquela com
formação moral sólida e incontestável, enquanto a “sem caráter” é aquela
desonesta, que não possui firmeza de princípios ou moral.
A honestidade é a qualidade de ser
verdadeiro, não mentir, não fraudar ou enganar. É a honra, de uma pessoa
ou instituição. O respeito e a obediência incondicional às regras
morais existentes.Honesto é o que repudia a malandragem, a esperteza,
aquele que é transparente e exige transparência dos outros.
Depois da constatação dessa veracidade
literária, espelho do meu entendimento, me pergunto o que levou nosso
país à condição hoje existente, onde nenhum desses princípios é
respeitado, principalmente pelos que deviam dar exemplos, e, convivendo
nessas condições é que as novas gerações estão sendo educadas.
No chamado julgamento do mensalão,
pudemos assistir a perplexidade de toda uma nação, ao assistir um dos
ministros, o relator Joaquim Barbosa, simplesmente exercitar esses
quatro princípios, simplesmente porque há anos não vê nada semelhante
acontecer. No caso específico, o que seria normal passou a ser o
anormal.
Com todas as provas existentes, mesmo as
melhores e mais caras bancas de advogados do país não conseguiu
absolvê-los e ainda assim alguns dos condenados se acham no direito de
fazer reclamações a cortes internacionais, como se injustiçados fossem.
Segundo a Wikipédia, “vergonha é uma
condição psicológica e uma forma de controle religioso, político,
judicial e social, consistindo de ideias, estados emocionais, estados
fisiológicos e um conjunto de comportamentos, induzidos pelo
conhecimento ou consciência de desonra, desgraça ou condenação”.
Pois é o que menos possuem alguns
membros do Poder Legislativo que, mesmo após a condenação de alguns de
seus pares nesse caso, pretende impedir a cassação imediata de seus
mandatos.
O terapeuta John Brad Shaw conceitua a vergonha como a “emoção que nos deixa saber que somos finitos“.
Pela primeira vez em décadas
assistimos alguns dos mais influentes políticos do país perceberem que
são finitos, exatamente por não terem tido vergonha, moral, ética,
caráter e honestidade.
(*) João Bosco Leal -
jornalista, reg. MTE nº 1019/MS, escritor, articulista político, produtor rural
e palestrante sobre assuntos ligados ao agronegócio e conflitos agrários.
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