quinta-feira, 6 de março de 2014

A capitulação do PSDB em MS


Partido faz pacto com o Diabo ao acenar desejo de aliança com o PT


Por Maritônio Barreto de Almeida (*)




Há alguns dias atrás, li nos jornais locais o anúncio feito pelo Deputado Federal Reinaldo Azambuja de que o PSDB no estado pretendia aliar-se ao PT para as próximas eleições estaduais. Em qualquer nação democrática e civilizada no planeta, tal declaração seria considerada, no mínimo, bizarra. Mas no Brasil, onde há 12 anos implantou-se a também bizarra “DITADURA DEMOCRÁTICA” (absoluta ausência de oposição) isso é comum, normal e politicamente tolerável.


A declaração de Azambuja não causaria enjôo e muito menos torpor ao eleitor dotado da mínima capacidade intelectual, se o seu partido não fosse a única alternativa de “mudança” para as próximas eleições presidenciais, que não integra a base política do PT. Então, como pode a razão e o bom senso equalizar tamanha contradição e estupidez?


Estariam as bases do PSDB sul-mato-grossense capitulando antes mesmo de esquentar a disputa presidencial? Em quem votará o eleitorado que abomina o PT: no PSB, partido que integra a base de sustentação do PT e que pretende manter-se como uma PSEUDO OPOSIÇÃO com vistas ao oportunismo eleitoral das eleições estaduais, ou votará no PSDB cujas as bases já demonstram, sem nenhum rubor, que é possível apoiar DEUS e o DIABO desde que ambos as prometam uma vaga no paraíso?


No caso das eleições estaduais, a vaga no paraíso ao qual me referi é a do Senado Federal, muito aspirada por Reinaldo Azambuja e sua base PSDBista. Quanto a quem é DEUS e o DIABO nessa história, fica a critério do leitor. Na minha opinião, não existe DEUS na política brasileira, mas apenas demônios.

A hegemonia do PT no cenário nacional, nesses 12 anos de desmando e deteriorização da nação brasileira, dá-se e provavelmente continuará graças aos políticos oportunistas e covardes, e aos partidos como o PSDB, PSB, PMDB, DEM e todas as demais siglas sem exceção, que ainda não conseguiram entender que "oposição" e "composição de interesses" são coisas ambíguas e não podem coexistir em um mesmo cenário político.


E agora, o que faremos eleitor? Em termos de mudanças no cenário Nacional, que é o que mais nos aflige, se votarmos no PMDB ou PSB, estaremos votando no PT. Se votarmos no PSDB, como bem demonstra a base local, estaremos votando no PT. Se anularmos o voto, estaremos votando no PT. Entenderam porque o PT é uma Hegemonia política e porque vivemos uma DITADURA DEMOCRÁTICA? Enquanto não houver oposição, não haverá mudança. Pensem nisso...



(*) Maritônio Barreto de Almeida é jornalista formado pela UFMS 

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