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Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Exclusivo - O Exército escalou seus
mais confiáveis e melhores oficiais de inteligência, lotados na Abin, para dar
proteção ao ministro Joaquim Barbosa – relator do processo do Mensalão no
Supremo Tribunal Federal. Ao montar esquema especial para dar segurança a
Barbosa – que sempre foi avesso a isto -, empregando seus homens lotados na
Agência Brasileira de Inteligência, o EB atropelou o Palácio do Planalto e a
cúpula da Polícia Federal ligada aos esquemas petralhas de poder.
Apenas como contraponto: os ministros
Ricardo Lewandowski e José Dias Toffoli também contam com proteção intensa. Só
que de agentes da Polícia Federal – e não da turma verde-oliva lotada na Abin.
A proteção a Barbosa não é só física. Tudo que se fala dele e sobre ele, nos
ambientes de poder, também é monitorado. Além disso, todo o sistema telefônico
da residência e de seu gabinete no STF foi alterado e passa por uma constante
ação de pente fino.
A iniciativa de proteger Barbosa tão
intensamente gera uma crise. A Presidenta Dilma Rousseff, como
Comandante-em-chefe das Forças Armadas, sequer foi consultada sobre a medida. A
blindagem ao Barbosa foi decidida entre alguns integrantes do Alto Comando do
Exército e o General José Elito, do Gabinete de Segurança Institucional da
Presidência. Aumentará em muito a guerra não-declarada e a insatisfação pessoal
mútua entre Dilma e seu ministro Elito.
No fundo, a proteção especial a Barbosa
é mais uma operação montada pela chamada "Comunidade de Informações"
que sempre tenta agir de forma invisível – embora quase sempre não consiga em
uma Brasília cercada de ouvidos eletrônicos em todos os buracos do poder. Em
tempos passados, tal comunidade era famosa por vigiar e detonar a esquerda
explicitamente. A turma do SNI botava medo. A turma da Abin ligada ao EB – onde
a petralhada ainda não conseguiu se infiltrar explicitamente – tenta ser mais
"light".
Agora, pelo menos no reservado discurso
da comunidade de informações, a ordem é não contribuir para ampliar um vácuo
institucional que se desenha com o resultado do julgamento do Mensalão – que
deve atingir em cheio a cúpula petralha, ainda com consequências imprevisíveis
de um respingo escatológico no mito Luiz Inácio Lula da Silva (que ainda
alimenta o sonho de voltar à Presidência da República).
A tensão entre Dilma e a caserna pode
aumentar ainda mais com o Mensalão. Já era enorme por causa da Comissão da
Verdade que tomou a decisão fora da lei de perseguir os agentes do Estado
acusados de cometer crimes apenas na Era pós-1964. Apoiada por Dilma, a CV
quebrou um acordo firmado com os militares, costurado quando Nelson Jobim era
ministro da Defesa, de que os crimes de sequestro, terrorismo e assassinato
cometidos pelos militantes de esquerda também seriam investigados.
Alguns Generais já se sentem traídos
por Dilma. Mas se a traição vai gerar consequências institucionais é um
desdobramento imprevisível. A cúpula militar na ativa é publicamente contrária
a qualquer virada de mesa. Se os Generais pensam, sinceramente, da mesma forma,
na intimidade, são outros quinhentos batalhões. Dilma e seus radicalóides estão
provocando a onça com varinha curta.
Além disso, com o próprio Ministério da
Defesa, a cúpula militar nunca se sentiu satisfeita por ficar simbolicamente
subordinada ao ministro Celso Amorim que tem como assessor-especial José
Genoíno – ex-guerrilheiro da luta armada pós-64 e com grandes chances de ser
condenado no processo do Mensalão em que o agora protegido Joaquim Barbosa
brilha como "grande herói" da República. Na ironia, os militares sõ
não têm mais bronca de Genoíno porque alegam que ele entregou, sem qualquer
tortura, todos os seus companheiros na Guerrilha do Araguaia...
Indo de uma cachorrice a outra
cachorrada, a inteligência militar teme que a petralhada arme ilegalidades para
obstruir o julgamento do Mensalão. A mais previsível já se tornou pública e, se
acontecer, pode ser a senha para a abertura da portinha do vácuo institucional:
que o novo ministro do STF, Teori Zavascki, indicado pelo ex-marido de Dilma
Rousseff, tome posse e cometa a imprudência de pedir vistas do processo de mais
de 50 mil páginas do Mensalão. Se tal manobra embromatória for adotada, para
atrasar o resultado final do julgamento em até seis meses, nem Deus sabe o que
poderá acontecer...
A leitura de nossa conjuntura atual é
bem simples e roceira. A vaca já está no brejo. Se o Boi vai também... Aí são outros
R$ 350 milhões de reais desviados e divididos pelos bandidos no esquema do
Mensalão. Na avaliação mais tímida da comunidade de informações – que protege
Barbosa e também vigia, cuidadosamente, todos os prováveis condenados na Ação
Penal 470 -, o ex-presidente Lula da Silva teria pelo menos 35 milhões de
motivos concretos para se preocupar – e muito – com as consequências de ter
tantos companheiros e parceiros vendo o sol nascer quadrado...
Enquanto o mito Lula pode se
desmantelar entre os segmentos esclarecidos (ou entre os menos ignorantes), o
mito de Joaquim Barbosa começa a ser construído e lapidado. Resta aguardar para
saber quem será beneficiado com a demolição de um e a edificação de outro.
Enquanto isto, os militares ficam iguaizinhos àquele papagaio verde-oliva da
piada do português. Nada falam... Mas prestam uma atenção...
"E sabem de absolutamente tudo que
acontece no Brasil" – como fez questão de ressaltar um quatro estrelas
numa certa noite estrelada de um jantar fechadíssimo na caserna, com todo mundo
vestindo a pós-moderna farda de civil sem gravata - exceto o coronel da
inteligência e das Forças Especiais, trajado feito um Rambo, para garantir a
proteção na porta do salão...
O perigo é que aqueles que fingem não
saber de nada continuam agindo no submundo do Governo do Crime Organizado...
Até quando? Nem Deus deve saber mais... Ou será o Barbosa (um dos Deuses do
Supremo e agora um togado blindado pelas fardas da inteligência) sabe?
Se souber, conta que a gente divulga
por aqui... Até porque, neste mundo pontocom, nem a identidade do pobre do
Batman é mais secreta... O verdadeiro endereço da Batcaverna, talvez...
Vida que segue... Ave atque Vale!
Fiquem com Deus.
O Alerta Total tem a missão de praticar
um Jornalismo Independente, analítico e provocador de novos valores humanos,
pela análise política e estratégica, com conhecimento criativo, informação
fidedigna e verdade objetiva.
Jorge Serrão
é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog e
podcast Alerta Total: www.alertatotal.net.
Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos
Estratégicos.
A transcrição ou copia dos textos
publicados neste blog é livre. Em nome da ética democrática, solicitamos que a
origem e a data original da publicação sejam identificadas. Nada custa um aviso
sobre a livre publicação, para nosso simples conhecimento.
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Nota
de apoio a Lula gera discórdia entre partidos
Integrantes do PMDB e do PDT
reclamaram neste sábado da decisão dos presidentes Valdir Raupp e Carlos Lupi
de assinar...
Integrantes do PMDB e do
PDT reclamaram neste sábado da decisão dos presidentes Valdir Raupp e Carlos
Lupi de assinar nota, idealizada pelo PT, na qual seis partidos da base aliada
defenderam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e acusaram a oposição de
tentativa de golpe. Divulgada na quinta-feira, a nota faz ataques ao PSDB, DEM
e PPS, após a oposição ameaçar pedir apuração sobre a suposta relação do
ex-presidente com o mensalão.
"É um exagero. A
oposição não está sendo golpista. Não existe golpe contra ex-presidente",
disse no sábado o senador Cristóvam Buarque (PDT-DF). Ele e o senador Pedro
Taques (PDT-MT) divulgaram nota reclamando por não terem sido consultados sobre
o desagravo a Lula. "Se tivéssemos sido consultados seríamos contra",
afirmaram os dois senadores, na nota. "Além de ser um direito inerente às
oposições fazer críticas, em nenhum momento tocaram na presidenta Dilma. Consideramos
mais ameaçadoras à democracia as consequências dos imensos gastos publicitários
feitos pelos governos", escreveram.
Dirigentes do PMDB também
condenaram a atitude do presidente do partido, senador Valdir Raupp (RO), de
assinar a nota em defesa de Lula. "Ele (Raupp) puxou para o colo do PMDB o
mensalão. Nós não temos nada com isso", argumentou um peemedebista. Na
época do mensalão, o PMDB não era da base de apoio do governo Lula. "O
PMDB era de oposição e depois do mensalão é que o governo veio atrás da
gente", observou outro integrante do partido. "O Raupp renegou fatos
históricos ao tomar uma posição dessas e assinar a nota sem nos
consultar."
Segundo um parlamentar
peemedebista, o presidente do PT, Rui Falcão, teria pego Raupp de surpresa com a
nota já assinada pelos outros cinco partidos. Sem saída, Raupp chancelou a
"Carta à Sociedade" e, depois, comunicou o vice-presidente da
República, Michel Temer, sobre o documento de solidariedade a Lula. "O
Raupp não teve capacidade de reagir", reclamou um peemedebista.
Na nota, os presidentes de
seis partidos - PT, PSB, PMDB, PC do B, PDT e PRB - atacam o que chamam de
"forças conservadoras" que estariam dispostas a "qualquer
aventura" e falam em "práticas golpistas". A manifestação foi organizada
em meio à série de revezes no Supremo Tribunal Federal e à possibilidade de o
ex-ministro José Dirceu vir a ser condenado às vésperas das eleições municipais
de 7 de outubro.
O texto da nota foi
articulado pelo próprio Lula. Ele fez essa sugestão ao participar de ato de
campanha de Fernando Haddad no último domingo, no Centro de Tradições
Nordestinas, em São Paulo. Declarações atribuídas ao publicitário Marcos
Valério pela revista Veja, naquele fim de semana, jogaram Lula no centro da
crise, apontando-o como chefe do mensalão.
FONTE: http://estadao.br.msn.com/ultimas-noticias/nota-de-apoio-a-lula-gera-discórdia-entre-partidos
Fonte: site do PMB – Diretório Regional de Pernambuco –
Clique neste link para conferir – Acessado dia 24/09/2012:
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