domingo, 29 de dezembro de 2013

A MANIPULAÇÃO DA SOCIEDADE - Por HUMBERTO PINHO DA SILVA


 






Na segunda metade do século. XX, para se avaliar a força da publicidade invisível, realizou-se, na cidade de Nova Jersey, nos Estados Unidos, curiosa experiência:

Foi colocado, em sobreposição, por segundos, no filme que estava a ser projetado num cinema, publicidade à Coca-Cola e a Pop corn.

Verificou-se que no intervalo, o bar da sala de espetáculo, foi invadido por pessoas ávidas de refrescarem-se com a bebida indicada, acompanhando-a com pop. corn.

Diariamente somos bombardeados pela publicidade; e ainda que muitos pensem o contrário, ela influi nas nossas escolhas e gostos.

Poucos conseguem pareceres, fruto de aturadas meditações. A maioria, exprime os conceitos do seu jornal ou da emissora de rádio ou TV, que habitualmente escuta.

O homem-massa não tem ideias nem opiniões; só imite pareceres, após ler o articulista preferido, ou depois de ter consultado o líder do partido político, em que se filiou ou que simpatiza. Mesmo assim receia, em regra, tomar posição. Prefere dizer: “ ouvi”, “dizem”, “ é o que consta” ou afirma categoricamente: “ li no jornal”.

Os fazedores de opinião conhecem a fragilidade das massas e agem habilidosamente para influenciarem a opinião pública.

Esta que é acéfala, sempre pensa por cabeça alheia: pelo que está na moda.

E a moda, é ditada pela mass-media, que, conscientemente, vai “envenenando” a população, no intuito de aceitar o que meses ou anos atrás, reprovava.

A novela televisiva não serve apenas para entreter o nosso serão; o enredo é escrito, em geral, para alterar o pensar da sociedade.

A telenovela e o cinema, há muito deixaram de ser o espelho da vida quotidiana; transformaram-se em armas poderosas, que conseguem mudar opiniões e inculcar nova-moral e novos valores.

Assim como a “mentira”, tantas vezes “ martelada” no subconsciente, chega a parecer “ verdade”, também: conceitos, modas, vocábulos, atitudes e posturas, apresentadas na TV, conseguem que se aceite, o que antes indignava.

Os políticos e os publicitários conhecem esse extraordinário poder. Por isso, ao fazer-se referendo, por exemplo, sobre: o aborto, prepara-se a população para que tenha o parecer que lhes interessa.

Falo do aborto, mas podia falar de: homossexualidade, relações sexuais entre colegiais, e até ideologias políticas e religiosas.

Após a emissão de telenovela, que abordava a religião muçulmana, houve uma série de conversões ao islamismo, em território brasileiro.

Os observadores, mais atentos, avisam, que há meios de comunicação, a transmitirem programas e opiniões de figuras públicas, no propósito de incutirem novos modos de pensar, e abalarem convicções e valores há muito enraizados na população.

Não é de estranhar, que grupos económicos, partidos políticos e até grupos religiosos, estejam interessados em adquirirem: jornais, rádios e canais de televisão, para assim poderem facilmente manipularem a opinião pública.





HUMBERTO PINHO DA SILVA   -   Porto, Portugal



publicado por solpaz às 11:51
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sábado, 23 de novembro de 2013

Ideias simples, mas eficientes - Por João Bosco Leal

de:
 João Bosco Leal <artigos@joaoboscoleal.com.br>
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 artigos@joaoboscoleal.com.br
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 nogueirablog@gmail.com
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 22 de novembro de 2013 02:01
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 Ideias simples, mas eficientes
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Senhor Editor
envio um novo texto, Ideias simples, mas eficientes , para sua publicação.
Obrigado
João Bosco Leal

Ideias simples, mas eficientes.
Através do chamado "mensalão", agora condenado pelo Supremo Tribunal Federal, quando no poder, o PT utilizou-se da corrupção que tanto condenava, com uma intensidade e volume "jamais vista na história desse país".
O maior crime já cometido no país não foi de corrupção de valor apenas monetário, mas contra todos os princípios da democracia, pois partidos políticos inteiros foram comprados e o sistema sindical representativo de classe, também corrompido, por diversas vezes conduziu massas contra seus próprios interesses.
Além dos votos, consciências foram compradas e desviou-se dinheiro dos locais onde mais o país deveria investir: saúde e educação. Pessoas morreram e continuam morrendo em filas de hospitais, porque alguns roubaram seus direitos de serem decentemente e prontamente atendidos.
Milhões continuam totalmente ou semianalfabetos porque aos políticos não interessa que saibam muito e assim possam questioná-los. É melhor mantê-los prisioneiros de algum "benefício", como as diversas "bolsas" e "vales" ultimamente instituídos, que os fazem votar em quem os "ajuda", perpetuando assim no poder seus "benfeitores".
Nos governos do PT o Poder Legislativo foi corrompido de tal forma que perdeu totalmente sua legitimidade, a ponto de provocar uma enorme onda de protestos pelo país inteiro, fazendo com que diversos pleitos da sociedade fossem aprovados "na marra".
E para dar sustentação econômica a esse quadro, instituições como o Banco do Brasil, BNDES, Petrobrás e EBCT, as maiores do país, foram fraudadas. Os desvios para corrupção e os interesses políticos sobre a administração de determinadas empresas atingiram volume suficiente para colocar em risco o capital de algumas, que já estiveram entre as maiores do mundo em seu ramo de atividades, como a Petrobrás, mas atualmente está impedida de fazer investimentos necessários a seu crescimento - ou ter de buscar sócios para fazê-lo - por falta de capital.
Atualmente, membros e simpatizantes do PT dizem não ser justo prender José Dirceu e manter Maluf na rua e alegam que a compra de votos no congresso teria sido iniciada no governo Fernando Henrique Cardoso, quando da votação da lei que permitiu sua reeleição, esquecendo-se que, independentemente de quando teve início, o fato é que a compra de votos é um crime e, portanto, todos que dela se utilizam deveriam ser presos e num país com tantas impunidades, a fila tinha que começar com alguém, mas todos sabem que, como sempre, os peixes maiores, do PT e de outros partidos, ainda continuam soltos.
Entretanto, há poucos dias ouvi uma sugestão que me pareceu espetacular, que talvez acabasse de vez com a corrupção política no país: "Proibir o voto de todo eleitor que receba qualquer benefício dos poderes executivos municipal, estadual ou federal". A condição básica para sua inclusão em qualquer desses programas, seria a retenção de seu título de eleitor pelos Tribunais Regionais Eleitorais.
Seria o maior freio na corrupção e um grande avanço na democracia brasileira. Se não poderá votar, para que dar-lhe algum benefício como as chamadas "cestas" ou "vales"? E sem nada receber, esses eleitores certamente passariam a exigir coisas que realmente deveriam lhes importar, como trabalho, educação e saúde.
A corrupção só cessará quando a justiça realmente funcionar, mas sem esse interesse em corromper o eleitor estaríamos realmente virando uma página suja da história do país e partindo para uma nova, de prosperidade para todos.
Acredito no futuro, muitas vezes construído com ideias simples, mas eficientes.
João Bosco Leal*  www.joaoboscoleal.com.br
*Jornalista e empresário 

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

O MEDO DE INTERVIR - Por HUMBERTO PINHO DA SILVA



 








No lV Congresso Português de Sociologia, realizado em Coimbra, no ano de 2000, o sociólogo Manuel Villaverde, apresentou na sessão sobre: “ Democracia e Esfera Publica”, tese que abordava o medo que a população portuguesa mostra perante os governantes.


O receio, tolhe, em muitos cidadãos o direito, e até o dever, de cidadania.


Poucos se aventuram assinar uma petição, opinar em recinto público, e terem pareceres sobre os mais diversos temas.


Se assim era no início do século, o mesmo receio mantém-se atualmente.


Há quem queira responsabilizar Salazar e o Estado Novo, por essa postura, lembrando que quarenta anos, sem democracia plena, gerou o medo de intervir e contestar, seja o que for.


Porém conheci quem viveu na 1ª Republica e se inibisse, por isso, de tomar decisões. Tinham medo até de serem cristãos, lembrando-se dos crentes que foram selvaticamente agredidos, quando oravam na igreja dos Congregados, no Porto. Recordavam-se da conferência do Dr. António Granjo, em que este teve que fugir, depois da Carbonária ter espancado a assistência; e da destruição dos jornais: “ A Ressurreição”, “ Diário do Porto”, “Jornal de Notícias”,” O Liberal”, “ O Correio da Manhã”, “ “ Diário Ilustrado”, “ “ A Palavra”, entre outros.


Esses velhos, que conheci, contavam que era melhor ficar em silêncio. Porque, como diz, António Manuel Pereira em “ Do Marquês de Pombal ao Dr. Salazar” - Edição de Manuel Barreira: “ Se alguém pretendia reagir, era certo e sabido que, poucos depois, sentia dolorosamente a prostituição da “ Fraternidade”, através de uns “ beijos de Mãe”, repenicados nas costelas, a golpes de cavalo-marinho, de que andavam permanentemente munidos os filiados na famosa quadrilha conhecida por “Formiga-branca”, filha direta de outra não menos perigosa a “Carbonária”.


Como se vê, a democracia, sempre andou arreada da nossa sociedade; mesmo em tempos de monarquia. Na época dos liberais confundiu-se com bandalheira, e no absolutismo, nem é bom recordar.


Por isso, é natural que o cidadão tenha medo, e se refugie no anonimato.


Fora os ambiciosos, os que buscam lugares cimeiros, e vendem, quantas vezes, a alma a troco de punhado de oiro, o cidadão honesto, foge da política e receia defender seja o que for. Foi assim no Estado Novo e assim é na 3ª República.


Na política como no desporto, não deve haver inimigos. Todos têm o alienável direito de expor pareceres publicamente. Mas tem a obrigação de ouvir e respeitar a opinião alheia, mesmo que discorde completamente.


Se inibirmos o jornalista, o professor, o intelectual, de escrever o que pensa, receoso de ser desfeiteado na praça pública ou insultado na Internet, estamos a comportarmo-nos como o pior dos ditadores. Eu sei, que muitos democratas, não passam de temíveis tiranos camuflados em pele de cordeiro.


Ao ameaçarmos o jornalista com o tribunal ou ao usarmos grupo de pressão, para que seja despedido, estamos a ser pior que o mais severo censor.


Vilarandelo de Morais era diretor de semanário gaiense. Certa ocasião disse-me que tinha mais receio da justiça, do que da antiga censura. Porque esta usava o lápis azul, e em regra, nada mais acontecia. Atualmente ser responsável por periódico é andar com o credo na boca, no receio de ser levado ao juiz e condenado a indemnizar o que o jornal não tem, nem pode pagar.


Por isso, só mass-media, apoiada por fortes grupos económicos, é que se pode dar ao luxo de relatar a verdade nua e crua.


Esta crónica já vai longa, e o espaço escasseia. Apenas quero lembrar que não é democrático o parlamento, em que se insulta, ofende e insinua-se maldosamente. É que os brados apagam o diálogo construtivo, próprio de gente civilizada.


Pode-se discordar, pode-se apontar erros, pode-se criticar, mas quando se cai no insulto, no ultraje, estamos a destruir o que existe de melhor na política: que é o respeito, o direito de todos poderem expor ideias, livres de qualquer censura.


E os parlamentares que esquecem as elementares regras de civilidade, estão a transmitir, à sociedade, imagens de violência e degradação, que forçosamente refletem-se na vida quotidiana de cada um.



HUMBERTO PINHO DA SILVA   -   Porto, Portugal



segunda-feira, 2 de setembro de 2013

O 'príncipe dos sociólogos' e futuro membro da ABL ganha o título de 'príncipe da privataria' - Por Marcelo Delfino

A coleção História Agora da Geração Editorial está se tornando pródiga em publicar bons livros sobre política nacional e internacional. Essa coleção já tinha publicado títulos fundamentais como A Privataria Tucana (livro de Amaury Ribeiro Jr. sobre as privatizações da Era FHC) eSegredos do Conclave (livro de Gerson Camarotti sobre a eleição do Papa Francisco e as ações do Vaticano para interromper a saída de (in)fiéis da Igreja na América Latina). Eis que ontem a editora mandou para as livrarias seu mais recente volume da coleção História AgoraO Príncipe da Privataria, do mesmo Palmério Dória que há anos atrás escreveu para a mesma editora (mas não para a coleção) Honoráveis Bandidos, a respeito da saga do clã Sarney. EsteO Príncipe da Privataria renova na coleção o tema das privatizações da Era FHC e traz novas acusações de compra de votos de parlamentares para a aprovação da emenda constitucional da reeleição, que possibilitou ao próprio presidente FHC concorrer a um segundo mandato consecutivo logo depois, em 1998.


Ainda nem acabei de ler todos os livros que tenho aqui e lá vou eu correr atrás deste O Príncipe da Privataria. Um dos que estão na fila sem sequer ter sido iniciado é o livro do Camarotti, já citado aqui. Aliás, ninguém pode dizer que esta coleção História Agora é parcial. Ela é plural. Tem tanto os livros do Amaury (do grupo Record-IURD) e do Palmério como o livro do Camarotti, o homem da Globo News que deu para todo o mundo o furo de reportagem da eleição do Papa Francisco. O Príncipe da Privataria irá se juntar ao Segredos do Conclave na fila. Tomara que não por muito tempo.


sexta-feira, 2 de agosto de 2013

IDEOLOGIAS SINISTRAS PREGAM O FIM DA FAMILIA NO BRASIL.

 

Já de início informo ao leitor que não sou filiado a quaisquer igrejas, mas apresento-lhe esta pastora, mestra em educação e advogada. Ouçam-na, sem preconceito, até o fim da sua palestra, para saberem o mal que os políticos perversos estão fazendo às crianças brasileiras. 

 



sábado, 27 de julho de 2013

CARTA AO SANTO PADRE, PAPA FRANCISCO - Pelo Prof. Mozart Noronha





Mozart Noronha  (*)







Estimado Santo Padre,

Peço a meu Deus que o proteja,

Como líder dessa Igreja, 

Onde também São Francisco,

Apascentou seu aprisco

De inocentes animais.



Porém,Vossa Santidade

Que dessa igreja é o Pastor,

Escute o nosso clamor

E como bom mensageiro

Desse povo brasileiro

Entregue a Deus nossos ais.



Falo a Vossa Santidade,

Com a voz de um luterano,

Que trabalha ano a ano

Pela luta da igualdade.

Mas só vê a atrocidade

Machucando os nossos brios.



Aqui e em todo o Brasil,

Educação é negócio,

Professor é sacerdócio,

Trabalha quase de graça

Para que enfim se faça

Na vida um pouco de luz.



O Rio é maravilhoso

De belezas naturais;

O povo não fica atrás

Por que orgulha e envaidece

E por isso não merece

Os homens que nos governam.



São homens que só procuram

Encher o bolso de grana

E dando ao povo banana

Da forma mais descarada;

Deixando desamparada

A população sofrida. 



A escola é deficitária,

Os hospitais decadentes

E as populações carentes

Sofrendo nos corredores;

Enquanto aqueles senhores

Se locupletam em riqueza.





Aqui reina a insegurança

Nas ruas por onde eu passo

E as drogas no seu compasso

Reinando dentro do morro

Onde o povo quer socorro

Pra poder viver em paz.



Meu Deus
! Me Deus! Que miséria!


Que pobreza de atitude

Dessa política que ilude

E não resolve os problemas.

E o povo nesses dilemas

Sem encontrar solução.



Foge das balas perdidas

Da polícia ou dos bandidos

E quando ficam feridos

Morrem em filas de hospitais;

Será que são os sinais

Dos tempos, que falou Cristo?



Não há beleza que dure

Pra quem mora na favela

Que ao olhar pela janela

Logo a barriga se agita

Por que falta na marmita

A diária refeição.



Do outro lado do asfalto,

Na avenida iluminada

Muita gente enfastiada

De só comer caviar;

E depois vai bajular

Seu governante dileto.



Um governo indiferente,

Que paga os grandes eventos,

Mas deixa ao sabor dos ventos

Os habitantes de rua

Onde não há quem construa

Uma existência exitosa.



Não queremos pedir muito;

Só saúde e educação

Segurança ao cidadão

Por que é o nosso direito;

Por que, assim desse jeito

Que está, é desilusão.



Santo Padre, peça a bênção

Para o Rio de Janeiro,

Para o povo brasileiro

De qualquer religião

Conduzir esta nação

Para um futuro melhor.



E que Deus com sua graça

Oriente os nossos passos

Fortaleça os nossos laços

De fé, alegria e paz.

Com a esperança que traz

Fortaleza ao coração.



Obrigado, Santo Padre,

Por ouvir nosso clamor

Que é a voz do sofredor

Que não perdeu a esperança.

Quem espera sempre alcança

É assim que reza o refrão.


(*) Licenciado em Filosofia pela UMC - São Paulo, Bacharel em Direito pela PUC - Rio de Janeiro, Bacharel em Teologia pela PUC - Paraná, Mestrado pela PUC - Rio de Janeiro, Professor Universitário e militante em defesa dos direitos humanos e por uma sociedade justa e fraterna.



FONTE. Página do Professor Mozart Noronha, no Facebook. Clique neste link para conferir: https://www.facebook.com/MozartJNMelo?fref=ts

quarta-feira, 17 de julho de 2013

O velho ato de repúdio - Por Yoani Sánchez

 


“Yoni Sánchez:”...”A conta do Youtube associada a este vídeo foi encerrada devido a várias notificações de terceiros sobre a violação de direitos autorais.

 

 

Talvez vocês não saibam – porque não se conta tudo num blog – porém o primeiro ato de repúdio que vi na minha vida foi quando só tinha cinco anos. A agitação no casarão chamou a atenção das duas meninas que éramos minha irmã e eu. Assomamos a grade do corredor estreito para olhar para o piso de baixo. As pessoas gritavam e levantavam o punho em volta da porta de uma vizinha. Com tão pouca idade não tinha a menor idéia do que se passava. Mais ainda, quando agora relembro o acontecimento apenas tenho a recordação do frio do corrimão nos meus dedos e um curto instante dos que vociferavam. Anos depois pude ordenar aquele caleidoscópio de evocações infantis e soube que havia sido testemunha da violência desatada contra quem queria emigrar pelo porto de Mariel.

Pois bem, desde aquilo tenho vivido então vários atos de repúdio de perto. Seja como vítima, observadora, ou jornalista… Nunca – vale à pena esclarecer – como participante. Recordo um especialmente violento que experimentei junto as Damas de Branco, onde as hordas da intolerância nos cuspiram, empurraram e até puxaram os cabelos. Porém o de ontem a noite foi inédito para mim. O piquete de extremistas que impediu a projeção do filme de Dado Galvão em Feira de Santana era algo mais do que uma soma de adeptos incondicionais do governo cubano. Todos tinham, por exemplo, o mesmo documento – impresso a cores – com uma fieira de mentiras sobre minha pessoa, tão maniqueístas como fáceis de rebater numa simples conversação. Repetiam um roteiro idêntico e guiado, sem ter a menor intenção de escutar a réplica que eu poderia lhes dar. Gritavam, interrompiam, num momento tornaram-se violentos e de vez em quando exibiam um coro de palavras de ordem dessas que já não são ditas em Cuba.

Contudo, com a ajuda do Senador Eduardo Suplicy e a calma ante as adversidades que me caracteriza, conseguimos começar a falar. Resumo: só sabiam berrar e repetir as mesmas frases, como autômatos programados. Assim a reunião foi muito interessante. Eles tinham as veias do pescoço inchadas, eu esboçava um sorriso. Eles me faziam ataques pessoais, eu conduzia a discussão ao nível de Cuba que sempre será mais importante que esta humilde servidora. Eles queriam me linchar, eu conversar. Eles obedeciam a ordens, eu sou uma alma livre. No fim da noite sentia-me como depois de uma batalha contra os demônios do mesmo extremismo que atiçou os atos de repúdio daquele ano oitenta em Cuba. A diferença é que desta vez eu conhecia o mecanismo que fomenta estas atitudes, eu podia ver o longo braço que os move desde a Praça da Revolução em Havana.

Tradução e administração do blog em língua portuguesa por Humberto Sisley de Souza Neto

segunda-feira, 15 de julho de 2013

...O PODER DO CRIMINOSO...




SAIBA O QUE A MINISTRA ROSA WEBER, DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, DISSE E FOI PUBLICADO NA REVISTA VEJA, EDIÇÃO 2290, Nº 41, de 10/10/2102:

"Nos delitos de poder, quanto maior o poder do criminoso, maior a facilidade de esconder o ilícito. Disso decorre a maior elasticidade na admissão da prova da acusação"

JÁ O MINISTRO LUIZ FUX, COMENTOU:

"A cada desvio de dinheiro público, mais uma criança passa fome, mais uma localidade fica sem saneamento, sem mais um hospital, sem leitos"


POIS BEM, MAS O SENADO E A CÂMARA DE DEPUTADOS FEDERAIS, ACOITAM ESSES CRIMINOSOS. ENTÃO DISSO SE PODE DEDUZIR O QUÊ?

quarta-feira, 26 de junho de 2013

FINANCIAMENTO PÚBLICO DAS CAMPANHAS?







Luiz Carlos Nogueira






Agora os políticos picaretas estão todos assanhados com a ideia do financiamento público das campanhas. Se povo consentir essa sacanagem, será mais um assalto ao erário, além do que os candidatos vão conseguir ajudas financeiras extras de grupos de interesses. E quem vai controlar isso? 
É ou não é equivocado falar em financiamento? Afinal, financiamento é uma dívida que alguém contrata com um Banco, para realizar algum empreendimento para o qual não se tem todo o dinheiro. Tal contrato prevê remuneração e prazo para que o devedor pague ao Banco. Então essa proposta dos políticos significa que terão que devolver esse dinheiro ao Erário? Mesmo se tiverem que devolver, significa então que o investimento é rentável não é mesmo?

domingo, 23 de junho de 2013

Protestos e depredações - Por João Bosco Leal(*)

de:
 João Bosco Leal <artigos@joaoboscoleal.com.br> por  cli12668.p03me.com 
responder a:
 artigos@joaoboscoleal.com.br

para:
 nogueirablog@gmail.com

data:
 21 de junho de 2013 08:36
assunto:
 Protestos e depredações
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Senhor Editor,

 

Eis um novo texto, Protestos e depredações, para publicação.

Obrigado

João Bosco Leal


Nos últimos dias os brasileiros têm assistido a uma quantidade de protestos antes inimaginável para uma população que nos últimos anos sempre se mostrou passiva, acatando todo tipo de desmando imposto pelos três Poderes Constituídos.

Iniciado em São Paulo e originalmente provocado por um novo aumento no preço das passagens dos transportes urbanos, rapidamente o protesto se espalhou por 11 capitais brasileiras e a cada dia recebe adesão de outras.

Imaginando ser um protesto pequeno como os raros que ocorreram nos últimos anos, os políticos deram aos policiais ordens para reprimir as manifestações, o que acabou gerando, por parte da polícia, o uso de força desproporcional sobre uma manifestação até aquele momento pacífica.

Através das mesmas redes sociais pelas quais se convocaram os protestos, foram divulgados diversos vídeos da repressão policial, o que causou uma enorme repercussão nacional e internacional, gerando protestos de outros milhares de brasileiros em diversas cidades de outros países, como Nova York nos Estados Unidos, Toronto no Canadá, Dublin na Irlanda e Berlin na Alemanha em apoio a seus compatriotas.

Os políticos - que só pensam no próprio bolso, na próxima eleição e em suas reeleições -, atônitos, não sabiam sequer como reagir e buscavam, entre seus pares e assessores, quais as atitudes tomar que não provocassem um distanciamento ainda maior de seus eleitores, que já não se sente representada por eles.

Alguns canais de televisão, mais dependentes de verbas públicas e de autorização política quando da renovação de suas licenças, o que consequentemente os torna muito comprometidos e submetidos à pressão econômica do governo, inicialmente davam a notícia com pouco destaque.

Percebendo que como divulgadores de notícias, estavam sendo facilmente ultrapassadas pelas redes socais atualmente existentes, que a cada segundo divulgavam centenas de novos vídeos das passeatas e de sua repressão, o que inclusive abre caminho para uma provável mudança no conceito dos investidores em publicidade, que as desfalcará de sua principal fonte de renda, passaram a dar destaque e maior cobertura aos acontecimentos.

A utilização das redes sociais como meio de divulgação de notícias são uma realidade ainda pouco explorada em nosso país e por isso mesmo não estavam sendo consideradas pelas redes de televisão que foram atropeladas por estas.

São lições que todos - políticos, manifestantes e meios de comunicação -, deveriam assimilar para uma nova postura política da população. Ficou claro que os brasileiros despertaram e descobriram seu poder, tanto que os prefeitos de São Paulo, Rio de Janeiro e de diversas outras capitais e cidades do interior já revogaram os aumentos. Os políticos, por outro lado, também acusaram o golpe e certamente passarão a pensar um pouco mais antes de impor novas regras à população.

Pena que diante de uma chance fantástica como esta para pressionar os maus políticos que aí estão, os manifestantes e suas lideranças se deixaram infiltrar por grupos radicais cujo objetivo principal era o de causar tumulto, vandalismo, depredações, destruições de bens públicos e privados, de modo a permitir o uso da repressão policial.

O PT - partido mais criticado nas manifestações por ser o responsável, tanto pelos maiores problemas atuais do país como pela autorização do uso de força militar em São Paulo - e os partidos da base de sustentação do governo enviaram essas pessoas com dois objetivos bem definidos: causar tumulto e queriam aparecer como apoiadores dos protestos e não como os governos criticados.

Mas é bom lembrar que, historicamente, todas as grandes transformações ocorridas nos mais diversos países começaram com um fato que promoveu a indignação de vários, que se uniram contra o mesmo.

Manifestações públicas são legítimas na democracia, mas depredação é crime em qualquer regime.

João Bosco Leal   www.joaoboscoleal.com.br


*Jornalista e empresário

sexta-feira, 21 de junho de 2013

SOBRE AS MANIFESTAÇÕES ESTUDANTIS PELO BRASIL - TEXTO DO PROF. DIVALDO PEREIRA FRANCO



















Segue texto de autoria de Divaldo Franco publicado no Jornal A Tarde de hoje, 20/06/13, sobre as manifestações estudantis pelo Brasil.


"Quando as injustiças sociais atingem o clímax e a indiferença dos governantes pelo povo que estorcega nas amarras das necessidades diárias, sob o açodar dos conflitos íntimos e do sofrimento que se generaliza, nas culturas democráticas, as massas correm às ruas e às praças das cidades para apresentar o seu clamor, para exigir respeito, para que sejam cumpridas as promessas eleitoreiras que lhe foram feitas...


Já não é mais possível amordaçar as pessoas, oprimindo-as e ameaçando-as com os instrumentos da agressividade policial e da indiferença pelas suas dores.


O ser humano da atualidade encontra-se inquieto em toda parte, recorrendo ao direito de ser respeitado e de ter ensejo de viver com o mínimo de dignidade.


Não há mais lugar na cultura moderna, para o absurdo de governos arbitrários, nem da aplicação dos recursos que são arrancados do povo para extravagâncias disfarçadas de necessárias, enquanto a educação, a saúde, o trabalho são escassos ou colocados em plano inferior.


A utilização de estatísticas falsas, adaptadas aos interesses dos administradores, não consegue aplacar a fome, iluminar a ignorância, auxiliar na libertação das doenças, ampliar o leque de trabalho digno em vez do assistencialismo que mascara os sofrimentos e abre espaço para o clamor que hoje explode no País e em diversas cidades do mundo.


É lamentável, porém, que pessoas inescrupulosas, arruaceiras, que vivem a soldo da anarquia e do desrespeito, aproveitem-se desses nobres movimentos e os transformem em festival de destruição.


Que, para esses inconsequentes, sejam aplicadas as corrigendas previstas pelas leis, mas que se preservem os direitos do cidadão para reclamar justiça e apoio nas suas reivindicações.


O povo, quando clama em sofrimento, não silencia sua voz, senão quando atendidas as suas justas reivindicações. Nesse sentido, cabe aos jovens, os cidadãos do futuro, a iniciativa de invectivar contra as infames condutas... porém, em ordem e em paz."


* Divaldo Franco escreve às quintas-feiras, quinzenalmente.

Nota - Este texto foi transcrito de uma página do Facebook "Discípulos de Allan Kardec", acessada hoje (dia 21/06/2013) às 17h 13m - horário de MS. Este é  o link para quem quiser conferir: http://www.facebook.com/pages/Disc%C3%ADpulos-de-Allan-Kardec/200047686760868