de:
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responder a:
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artigos@joaoboscoleal.com.br
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para:
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nogueirablog@gmail.com
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data:
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21 de junho de 2013 08:36
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assunto:
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Protestos e depredações
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enviado por:
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cli12668.p03me.com
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:
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Importante principalmente porque foi enviada
diretamente para você.
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em diante.
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Senhor Editor,
Eis um novo texto, Protestos e depredações, para publicação.
Obrigado
João Bosco Leal
Nos últimos dias os
brasileiros têm assistido a uma quantidade de protestos antes inimaginável para
uma população que nos últimos anos sempre se mostrou passiva, acatando todo
tipo de desmando imposto pelos três Poderes Constituídos.
Iniciado em São Paulo e
originalmente provocado por um novo aumento no preço das passagens dos
transportes urbanos, rapidamente o protesto se espalhou por 11 capitais
brasileiras e a cada dia recebe adesão de outras.
Imaginando ser um
protesto pequeno como os raros que ocorreram nos últimos anos, os políticos
deram aos policiais ordens para reprimir as manifestações, o que acabou
gerando, por parte da polícia, o uso de força desproporcional sobre uma
manifestação até aquele momento pacífica.
Através das mesmas
redes sociais pelas quais se convocaram os protestos, foram divulgados diversos
vídeos da repressão policial, o que causou uma enorme repercussão nacional e
internacional, gerando protestos de outros milhares de brasileiros em diversas
cidades de outros países, como Nova York nos Estados Unidos, Toronto no Canadá,
Dublin na Irlanda e Berlin na Alemanha em apoio a seus compatriotas.
Os políticos - que só
pensam no próprio bolso, na próxima eleição e em suas reeleições -, atônitos,
não sabiam sequer como reagir e buscavam, entre seus pares e assessores, quais
as atitudes tomar que não provocassem um distanciamento ainda maior de seus
eleitores, que já não se sente representada por eles.
Alguns canais de
televisão, mais dependentes de verbas públicas e de autorização política quando
da renovação de suas licenças, o que consequentemente os torna muito
comprometidos e submetidos à pressão econômica do governo, inicialmente davam a
notícia com pouco destaque.
Percebendo que como
divulgadores de notícias, estavam sendo facilmente ultrapassadas pelas redes
socais atualmente existentes, que a cada segundo divulgavam centenas de novos
vídeos das passeatas e de sua repressão, o que inclusive abre caminho para uma
provável mudança no conceito dos investidores em publicidade, que as desfalcará
de sua principal fonte de renda, passaram a dar destaque e maior cobertura aos
acontecimentos.
A utilização das redes
sociais como meio de divulgação de notícias são uma realidade ainda pouco
explorada em nosso país e por isso mesmo não estavam sendo consideradas pelas
redes de televisão que foram atropeladas por estas.
São lições que todos -
políticos, manifestantes e meios de comunicação -, deveriam assimilar para uma
nova postura política da população. Ficou claro que os brasileiros despertaram
e descobriram seu poder, tanto que os prefeitos de São Paulo, Rio de Janeiro e
de diversas outras capitais e cidades do interior já revogaram os aumentos. Os
políticos, por outro lado, também acusaram o golpe e certamente passarão a
pensar um pouco mais antes de impor novas regras à população.
Pena que diante de uma
chance fantástica como esta para pressionar os maus políticos que aí estão, os
manifestantes e suas lideranças se deixaram infiltrar por grupos radicais cujo
objetivo principal era o de causar tumulto, vandalismo, depredações,
destruições de bens públicos e privados, de modo a permitir o uso da repressão policial.
O PT - partido mais
criticado nas manifestações por ser o responsável, tanto pelos maiores
problemas atuais do país como pela autorização do uso de força militar em São Paulo - e os
partidos da base de sustentação do governo enviaram essas pessoas com dois
objetivos bem definidos: causar tumulto e queriam aparecer como apoiadores dos
protestos e não como os governos criticados.
Mas é bom lembrar que,
historicamente, todas as grandes transformações ocorridas nos mais diversos
países começaram com um fato que promoveu a indignação de vários, que se uniram
contra o mesmo.
Manifestações públicas
são legítimas na democracia, mas depredação é crime em qualquer regime.
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